quarta-feira, 1 de julho de 2009

E com altos e baixos... simplesmente continuamos.

E, utilizando paráfrase de mestre Napoleão Bonaparte, “quando as pessoas param de reclamar, param de pensar.” Repudiei-me por tanto reclamar, mas como vimos anteriormente, isso não é só natural do ser humano como necessário.

Por tanto... pergunto-me o quão grande é o aprendizado da vida. Até quando nós, seres humanos, honestos em sua essência, temos que suportar convivendo numa situação adversa a aquela que consideramos minimamente... humana.

E fato é que, há horas em que me pego preso aos questionamentos mais repetitivos e aparentemente incansáveis, tais como: “Porque comigo? Até quando?” e N variações sobre tal.

Para alguns, a recompensa vem depois de muita perseverança, fundamentalmente. Para outros, aparentemente, tal recompensa não vem NUNCA. E para determinadas pessoas, tal recompensa vem num primeiro momento. Há privilegiados; fato. E destes... nós temos inveja, pois deixando de lado o falso moralismo, vivemos em uma sociedade nefasta, paupérrima, desestruturada e impiedosa.

E para os não privilegiados, como prosseguir?

É a resposta para esta pergunta que, atualmente, me tira o sono. Sabemos, e disso eu tenho certeza, de que tudo o que fazemos com total comprometimento, nos traz bons frutos, invariavelmente. Porém... quantos exemplos não tenho, inclusive meus próprios, de uma batalha constante para se conquistar o que deseja e simplesmente... a coisa não acontecer.

Perseverança não perco nunca; porém, chega uma hora que cansa.

Como é difícil, nos dias de hoje, não perder a fé, não prosseguir vivendo “amargo”, por assim dizer, é claro que é difícil.

Porém, a melhor resposta vem sempre com o tempo, ainda que há repúdio pensar nisso quando a crise vem. Afinal de contas, quem somos nós, quem sou eu para subestimar as leis do universo? Conheço pessoas que viram sua recompensa, viram suas condições básicas humanas melhorarem após 50 anos, acreditem-me. Ainda que eu espere, de todo o coração, que não seja esse o tempo que precise esperar e batalhar a título de conquista, sinto que não tem outro remédio; desta vez parafraseando seres abençoados porém medíocres intelectualmente falando (salve raríssimas exceções), nossos jogadores de futebol, o negócio é “continuar trabalhando”, não há outra solução.

Agora, o que mais me machuca, é batalharmos por tão pouco. Por uma condição de vida de fudida para menos pior. Por todas as merdas de tudo, mesmo. E viva o desemprego. E viva a desigualdade social mundial e nacional. E viva nossos recursos humanos cada vez mais escassos. E viva o povo brasileiro; este que só se orgulha de seu país em final de copa do mundo, esse que apenas reclama de seus políticos e não fazem NADA para mudar a história desse país e a sua própria, viva você querer apenas um emprego para não ser obrigado a entrar na marginalidade... viva.


Crazy Diamond.

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