Ainda que não tenha todo o conhecimento de causa do mundo para dissertar a respeito do clássico moderno "O Monge e o Executivo", assim que terminei a leitura do mesmo (e até enquanto lia o mesmo), pensei ser interessante dividir com vocês, caros leitores, alguns de meus pontos de vista sobre tal.
Ao estudante de administração, é uma leitura bem interessante, pois o autor aborda, diversas vezes, o tema "Gestão Empresarial" e, entrando na psicologia, "Gestão de Pessoas", falando a respeito de alguns teóricos fundamentalistas da área, como Maslow (e sua clássica pirâmide hierárquica motivacional), Max Weber (que, apesar de ser um dos maiores influentes sociólogos de todos os tempos, podemos considerar muitos de seus modelos científicos como análogos a teoria geral administrativa) e afins.
É uma forma de estudo interessante, pois aborda um modelo de gestão que, se ora parece utópico, mostra-se outróra e na prática, bem razoável, ainda que isto varie de pessoa para pessoa (no caso, gestor para gestor, analisando o contexto que se desenvolve o modelo de gestão e como ele é aplicável em particular), além da possibilidade de agregarmos conhecimentos a respeito de sociologia, história e psicologia também.
Porém, tenho algumas críticas que gostaria de dividir com vocês.
O livro é absolutamente parcial na maior parte do tempo, onde, através de uma linguagem de razoável para ruim na minha opinião, se desenvolve sua história. Digo parcial pois, em parte dos ensinamentos do personagem "Simeão", percebemos o quão o autor da obra pende para a escola behaviorista da psicologia, pois, primeiro o mesmo defende o comportamento pessoal todo o tempo; depois, em uma passagem em particular, critica arduamente a escola da psicanálise, em especial Freud, descartando a filosofia "Freudiana" em detrimento da filosofia behaviorista, o que leva, evidentemente, a indução do leitor a criar o conceito contra Freud e pró behaviorista.
Em essência, em linguagem que pode ser considerada emotiva e simples, o autor preocupou-se muito mais em transmitir seus pontos de vista do que dividir ensinamentos gerais da administração e até um exêmplo magnífico de liderança, como é, aparentemente, a principal proposta do livro.
Concluo, por tanto, que "O Monge e o Executivo" é um livro sim superestimado; tanto é que tornou-se um consgrado best seller; ao leigo (e não que eu seja um especialista; infinitamente longe disso) ou a aquele que não tenha o mínimo de senso crítico formado, passa-se a imagem de um livro maravilhoso, por pregar um modelo de gestão baseado no amor como comportamento ou o exêmplo do empresário híper bem sucedido que decide virar monge e pregar o cristianismo enfim, porém, por tal imparcialidade por mim acima citada, e até por falta de honestidade para com o leitor (como assim considerei, ao menos) creio que o livro possa ser considerado mediano, com seus prós e contras, e, por uma questão de absoluto gosto pessoal, considero com mais contras.
Crazy Diamond.
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