sábado, 26 de fevereiro de 2011

Informal

E tudo aconteceu... como um sonho.

Antes de tudo... era alguém peculiar. Que se importava tão intensamente com os que amava... que por muitas e muitas vezes, era prejudicado por isto. Receptivo, tão intensamente receptivo... que servira de psicólogo por muitas e muitas vezes.

E, por motivo que seja... era visto, constantemente e com alarmante frequência... como um bom moço.

Sabe, bom moço?

E aqui, os machistas que, por favor, me perdoem; se há coisa na qual sou seguro em mim mesmo... é minha opção sexual (no caso, o heterosexualismo). Mas definirei, sob um olhar feminino e realista, a visão da coisa:

Existe o cara gato. Existe o cara gostoso. Existe o cara sexy.

De todos estes... sabe quem eu sou? O bom moço. Que nem é o cara gato, quiçá o cara gostoso e, sob a maioria dos pontos de vista, não sexy; não. Era o bom moço. Romântico, bonzinho, preocupado, atencioso... enfim.

Como todos os rótulos constantemente utilizados, uma hora, é claro, me revoltei com tal visão e resolvi ser diferente. E, para minha surpresa absoluta... eu cheguei lá.

Não que tenha virado o gato, o gostoso ou o sexy; não. Mas deixei de ser o bom moço para me tornar outro alguém; sob personalidade desconhecida e não rotulável, creio.

Enfim.

É óbvio que todos estranharam tal mudança de postura, e a maioria não gostou. Mas era exatamente isso o que eu esperava... experimentar. Viver. Ser livre, finalmente, livre...

e consegui. Consegui ser livre, consegui manter uma postura forte, ser um exêmplo diferente, trabalhador, estudioso, e até, acredite se quiser... desejado. De uma maneira estranha e irracional... desejado.

Logo, percebi que, como tudo na vida, tal postura tinha seu lado bom... e, é claro, seu lado ruim. E, no ápice de minha nova fase, é claro... eu precisei mudar. Voltar às origens, o bom moço, o cara legal.

E descobri que, realmente, eu sou assim. Acho que me vêem assim e sei que gosto de ser assim, no fundo, me faz bem, me faz feliz.

E tudo isto ocorreu... quando eu conheci a mulher que imagino ser o amor da minha vida.

E hoje, confesso, sofro o que sofro... por ser bom moço. Por dar valor extremado a passados retrógrados. Por ser clássico. Por ser romântico e, por conscequência... ser ciumento. E por me importar demais com as coisas. E por ser exatamente assim... complicado e perfeitinho. Enfim. Sei que sofro e sei que todo esse sofrimento vai passar. E que isso me fortalecerá, mais uma vez. E que os monstros que agora me perseguem... vão ser absolutamente vencidos... por amor. E assim por diante.

Eu jamais pensei que fosse, um dia, capaz de amar novamente (por tanto ter amado e tanto ter sofrido no passado). Até descobrir que, outrora... eu deixara, há tanto, de amar (se é que, de fato, amei). E que, no presente... eu sei, verdadeiramente eu sei... o que é amor.

Minha luta é diária. Para ser um ser humano melhor... pois é isso o que verdadeiramente importa.

E, por fim, quero me libertar. Me libertar de todo o ruim que nos cerca pois, é claro... não existe mais eu sem você.

Sem mais.


Crazy Diamond.

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