quarta-feira, 30 de abril de 2008

Moving Pictures






Um dos álbuns mais clássicos da história do rock, sem sombra de dúvidas. Sem dúvidas, o disco mais reconhecido de toda a carreira do rush, e, embora o mesmo não seja meu preferido, vou hoje tecer uma resenha sobre o mesmo.


Well, pra começar, é preciso dizer que Moving Pictures foi o marco de uma transição na sonoridade do rush: do rock progressivo a elementos mais modernos a época, com uso de sintetizadores e até com grande infuência de ska no som do rush, nos anos 80. Moving Pictures e parte de Siganls (álbum sucessor ao moving pictures) marcam o fim da fase progressiva na carreira do rush, fase esta que conquistou milhares de fãs, mas, pelo rush NÃO ser uma banda que para no tempo, as experimentações foram muitas... enfim.


Voltando a falar em Moving Pictures, o álbum marca tambem o amadurecimento na parte de composição da banda, de acordo com Neil Peart. Antes de Moving Pictures, temos álbuns espetaculares tambem, tais como: 2112, A Farewell To Kings, Hemispheres (marcando o auge instrumental da banda), Permanent Waves, dentre outros. Mas realmente é Moving Pictures o álbum com mais identidade musical até então na carreira do rush. Então... vamos a ele.


Tom Sawyer


Música esta sem dúvida, que já enjoou todos os fãs do rush, inclusive este que voz escreve. Porém, é sem dúvida a música de maior sucesso na carreira do rush, ficando popular no Brasil devido pela mesma ser usada na introdução do seriado McGiver: Profissão Perigo, e é sem dúvida uma grande composição. Uma grande progressão rítimica por parte do mestre Neil Peart, que começa a música com um groove no chimbal em semicolcheias tocando apenas variações de caixa e bumbo... mas que logo viera a se transformar em grandes viradas, grooves extremamente tecnicos e uma baita progressão rítimica. Junte a isto a vocalização marcante de Geddy Lee e o refrão grude e entenda porque Tom Sawyer é a música mais famosa na carreira do rush.

Ps: Reza a lenda que, a idéia da música em sí, foi tirada do solo de teclado da música, no qual Geddy Lee, meses antes das gravações de Moving Pictures não parava de repetir. Sendo assim, Peart e Lifeson se irritaram e disseram: "Ok, vamos encaixar isso numa música então!" Nascia, então, Tom Sawyer.


Red Barchetta


Música cheia de feeling, com belas partes de guitarra, muita criatividade, e, a partir de Red Barchetta, passa-se a notar o belíssimo trabalho de tratamento de áudio de Moving Piuctures, principalmente o trabalho de over-all. Nota-se aqui as automações do panorâmico, o timbre ora mais abafado, ora mais "clean" da guitarra de Alex Lifeson, além é claro da música em sí ser belíssima. Grande música, sem dúvida.


YYZ


Talvez não a melhor instrumental, por assim dizer... mas sem dúvida a instrumental mais marcante da carreira do rush. O groove em 5/4 da introdução da mesma, foi tirado do código aéreo de uma empresa canadense, vejam vocês. Eu, particularmente, acho a música uma porrada. Destaque para Geddy e Peart, que variam solos de contra baixo e batera, enquanto Alex, com sua maestria peculiar, segura todo o groove da música, permitindo assim que seus companheiros de banda se sintam a vontade para solar. Muito virtuose, bem ao estilo rock progressivo mais rock and roll, ouçam YYZ!


Limelight


Esta música possue, simplismente, o riff e o solo de guitarra preferidos de Alex Lifson. É uma de minhas músicas favoritas, e, sem sombra de dúvidas mais marcantes, de todas as músicas do rush. A mesma une partes extraordinárias de guitarra, muito bom gosto nos arranjos de contra baixo feitos em cima das partes de guitarra, e outra vez uma grande progressão rítimica feita por parte de Peart, coroando esta marca incontestável no mestre: Que o mesmo foi o primeiro batera na história que toca músicas com introduções tranquilas... e no final das mesmas toca umas encrencas terríveis para bateras que queiram se aventurar a toca-las. Realmente fenomenal.


The Camera Eye


Música, no mínimo, curiosa, sem dúvida. Última suíte (música com vários minutos) na carreira do rush... e 8 em cada 10 fãs tem The Camera Eye entre suas músicas favoritas da história do power trio, porém o power trio... não gosta dela tanto assim. Enfim, a música começa com uso de sintetizadores bizarros e grooves de caixa na batera... em seguida, entra um riff, que, na minha opinião... considero fora de série de guitarra, e então a música fica entre variações deste riff e volta a introdução. É, sem sombra de dúvidas, uma de minhas músicas favoritas do rush.


Witch Hunt


A primeira música da saga "Fear" escrita por Neil Peart. Outra de minhas músicas favoritas do power trio. Uma introdução embasbacante a sonoplastia do tema "caça as bruxas", pra depois entrar num riff pesado e carregado de tensão de guitarra, alternando momentos de calmaria e tensão, mas considero uma das músicas mais tensas da história do rush.


Vital Signs


A música que deixa absolutamente claro a transição do rush do rock progressivo para um som com muitas influências do ska. Já fora dada uma pista quanto a isto na primeira música do Permanent Waves, álbum antecessor a Moving Pictures, na música The Spirit Of Radio, e a prova definitiva veio em vital signs. Da introdução feita através de sintetizadores aos acordes de guitarra nos contra tempos (bem característicos no ska), o rush deixava claro que a fase de rock progressivo da banda chegava ao fim. Belíssima música porém, sem dúvidas.



Moving Pictures - RUSH


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1- Tom Sawyer - 4:33
2- Red Barchetta - 6:06
3- YYZ - 4:24
4- Limelight - 4:19
5- The Camera Eye - 10:58
6- Witch Hunt - 4:43
7- Vital Signs - 4:43



Crazy Diamond

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O homem mais irritado do universo: PARTE III



"E o tio Eurico ataca novamente..."


Meu. Sabe... muitas coisas me dão calafrios de medo, estremeções de nervoso, enfim... mais algumas conseguem realmente me tirar do sério.


"Mexeu com minha música... mexeu comigo. Tu-ta-fudido-ô-zé-mané!"


Sabem... pessoas que, quando falo de algumas das bandas... alguns dos estilos musicais que gosto... já te olham com aquela cara de inconformismo e logo bombardeiam com frases do tipo: "pô... mais... tu vive num museu? meu, isso é música de velho!" Até em escrever isto já da certa repugnância...


Mas eu, aqui, voz digo: Toda e qualquer manifestação de arte é ATEMPORAL, ou seja, o que transita no tempo, sem necessariamente pertencer ao futuro, passado ou presente.


Monalisa, o quadro de Leonardo Da Vinci por exêmplo... é coisa de velho? A quinta sinfonia de Beethoven, por exêmplo... é coisa de velho, é peça pré-histórica, é pra quem vive num museu?

Pois é.


Sabe, eu só queria que respeitassem um pouquinho mais os grandes artistas do nosso passado. Pois, aonde estariam essas milhares... realmente milhares de bandas sem criatividade / personalidade / identidade de agora se não fossem os beatles lá atrás? E quem seriam os beatles sem Elvis? E o que seria de Elvis sem música góspel? E o que seria de música góspel se não existisse a igreja? E o que seria da igreja se não existisse Jesus? E o que seria Jesus...


Enfim. Só gostaria de respeito. Pois, honestamente falando... ainda bem que minhas bandas / artistas do coração não são unanimidade. Pois... já pensaram nisso? Tu entra nas Casas Bahia... e ao invés de estar tocando aviões do forró estivesse tocando Pat Metheny Group? Tom Jobim? Ou então... aqueles carros tunados de jovens absolutamente sem conteúdo ouvindo puts-puts no talo... imagine, ao invés de puts-puts... se estivesse rolando Beethoven? Chopin? King Crimson?


Pois é... este sem dúvida seria meu pior pesadelo.


Mas enfim. Fiquem com seus aviões do forró, chiclete com banana, ivete sangalo, ou sei lá eu mais o que. Chamem minha música... de música de velho. É um favor ao universo, é um favor a memória dos grandes músicos que parte da humanidade não tenha sensibilidade músical o suficiente para entende-los... pois, sem vocês, nada seriam esses grandes artistas. Eu tenho meu arquétipo e fim de papo.



E GENTLE GIANT NELES!




Crazy Diamond.





quinta-feira, 17 de abril de 2008

I'm going through changes...

I'm going through changes... o tema de hoje, análogo a música do Black Sabbath, com o piano gravado, surpreendetemente, por Rick Wakeman, enfim, é um dos temas mais dicutidos ora entre eu e um grande amigo, ora entre eu... e eu mesmo, e bom, escreverei um pouco do que penso sobre as mudanças de nossas vidas.


Bom... mudanças, todos os seres vivos deste planeta, passam pela mesma a cada segundo, é cíclico, é fato.


Mas... é só minha opinião, ou... mudar, ou perceber que algo mudou... é o tanto quanto doloroso? Quando me recordo de acontecimentos nem tão antigos assim, parece-me que alguem morreu, até. Permita-me explicar: tu lembra dos acontecimentos vividos com aquela pessoa que tu não tem notícia a anos... e parece que aquela pessoa morreu. Ou só eu tenho essa impressão?


Ora, eu só sei que... eu já fiz parte de muitas turmas. A turminha do futebol na rua e empinar pipa quando criança. A turminha dos primeiros tragos e baladas-horríveis-que-nos-eram-enfiadas-guela-abaixo até as dez horas da noite na chamada "pré adolescência". A turminha da praia e dos primeiros baseados da adolescência. A turminha dos porres master, da depressão e d eu-vou-abandonar-minha-casa do início da fase adulta... e bom, cá estou. O fato é que... perguntem-me se mantenho algum tipo de contato com algumas dessas pessoas que fizeram parte destas turminhas? Não. É claro que não. E, neste início de minha fase adulta... até amigos, que recentemente os via com regularidade... hoje em dia, nem sei se ainda estão vivos.


E, quando se pensa... o amadurecimento é o que afasta as pessoas. Mas assim... infelizmente ou felizmente para determinada circunstância, é a vida. É cíclico. E creio que é por tudo ser cíclico que, muitas vezes, não adianta tentar retomar certas coisas de nossas vidas. Tudo tem seu tempo... e tudo, absolutamente tudo muda.



Crazy Diamond.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Beneath The Mask



Beneath The Mask, disco de Chick Corea, em compania da magnífica Elektric Band.


Pois bem, este é um dos discos que mudou minha vida. A primeira vez que o ouvi foi no ano de 2003, estava eu em Porto Alegre, e meu irmão me apresenta este cd, que continha, segundo ele, o melhor do "fusion". Até então, eu, viciado e apaixonado por rock e rock progressivo, era um completo leigo em jazz, em fusion. E, sendo batera, minha menta à época limitava-se a Neil Peart; quero dizer, nunca na minha vida eu jamais ouvi algum outro batera que me impressionou mais que Neil Peart. Porém, tudo estava préstes a mudar, é claro...


Ok, coloquei o cd pra rolar no discman e... nossa. Jamais na vida ouvira nada parecido com o que estava ouvindo naquele momento. A qualidade dos músicos e das composições... realmente, aquilo era inédito pra mim.


E o disco foi uma paulada mesmo. Pesquisando posteriormente sobre os músicos que compunham a tal Elektric Band, ví o quanto a musicalidade estava sobrando em Beneath The Mask.


Sabe, todos falam em Dream Theater, extraordinários músicos independente se a pessoa gosta ou não... mas eu não acho. Acho que eles são excelentes INSTRUMENTISTAS. E tem uma diferença muito grande entre bom músico e bom instrumentista, é o que penso. Bom instrumentista é aquele que domina completamente seu instrumento... mas que não sabe usa-lo em prol da música. O bom músico... é aquele que, além de dominar seu instrumento (ou não, em determinados casos), sabe trabalhar o instrumento em prol da música... e nunca o contrário.


E foi isso o que absorvi, ouvindo Beneath The Mask: Todos eles, definitivamente, excepcionais músicos e instrumentistas. Por exêmplo, o próprio Chick Corea, líder da banda... é um pianista de primeiríssima linha. Bem que o mesmo poderia viver compondo apenas discos com piano, fazendo as mais altas demonstrações de técnicas, ou então, colocar seus teclados SEMPRE em primeiro plano em qualquer banda que o mesmo tocar, até mesmo na elektric band. Mas não. O mais fenômenal de Beneath The Mask... é que Corea abre e muito espaço para as improvisações de seus colegas de banda. Todos... todos eles trabalham a técnica em prol da música e não o contrário. Por isso acho que, em termos de arranjo, Beneath The Mask é um dos melhores discos que já ouvi na vida. Ouçam. E não se arrependerão, eu garanto.


Ps: Beneath The Mask, além de tudo, é uma verdadeira AULA de bateria. Apenas Dave Weckl (ok, talvez Virgil Donati tambem) me surpreendeu mais do que Neil Peart. Nunca na vida ví alguem solar mais do que o mesmo. Uma musicalidade e técnica únicas. Vale a pena ouvir!





Beneath The Mask - Chick Corea & Elektric Band


músicos:

Teclados - Chick Corea
Guitarra - Frank Gamballe
Contra Baixo - John Patitucci
Bateria e Percussão - Dave Weckl
Saxofone - Eric Marienthal


Músicas:


Beneath The Mask
Little Things That Count
One Of US Is Over 40
A Wave Goodbye
Lifescape
Jammin E. Cricket 1
Charged Particles
Free Step
99 Flavors
Illusions



Absolutamente recomendável. Posteriormente, vim ouvir MUITO mais jazz e todas as suas vertentes, MUITO fusion, até descobrir que os fãs mais extremistas de jazz não suportam fusion. Well... não sabem o que estão perdendo, não é mesmo?



Crazy Diamond.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Ciência X Religião


Ciência X Religião



A velha indagação...

Não sou profundo conhecedor do assunto, admito, e nem tenho a pretensão em ser, é claro. Porém, acho que esta questão merece uma abordagem opinativa a cada ser vivente deste planeta. Em especial no Brasil, país tão católico, pois... bem sabe-se que, assim como podemos nos referir a este assunto com o título “Ciência X Religião”, também podemos colocar como sendo “Ciência X Catolicismo”, vide que é realmente a igreja católica e todo o seu poder o principal, por falta de uma palavra melhor, “adversário” em milhares de questões.


Bom, todos nós sabemos que esta questão é grande demais para ser discutida ou o que seja em um simples comentário de um blog. Por tanto, desisti da idéia da apresentar uma resenha imparcial, estabelecida em cima de crenças tanto do catolicismo quanto as da ciência. E, pra que diabos existe um blog, espaço este destinado em caráter particular, do que emitir suas próprias opiniões? Por tanto, abaixo comento um pouco de minhas opiniões sobre a questão que levantei. Aos mais esclarecidos, que me perdoem a ignorância.


Vários artistas, anteriormente, levantaram a questão “Ciência X Religião”, em suas músicas, pinturas, livros e afins. Vou citar aqui grandes “best-sellers” que envolvem o tema: Os livros “Anjos e Demônios” e o clássico moderno “O Còdigo Da Vinci”, ambos da autoria de Dan Brown.


Em anjos e demônios, Brown cria personagens que abordam os dois lados da moeda: Cientistas e católicos. Sem dúvida é muito interessante o universo que ele criou com o passado de cada personagem.... mas este já é outro assunto.


Eu, particularmente, DETESTO a igreja católica. O pouco que estudei sobre o assunto mostra tanta podridão, tanto lixo, tanta bosta no ventilador...


E o pior de tudo é ver o quanto a mesma parou no tempo. Se não muito me engano, a crença católica é toda baseada em cima da Bíblia, a mesma que passou na mão de muitos homens... e, como creio que todos acreditamos (eu ao menos acredito), que a maior fraqueza do homem está no poder... será possível que nenhum escrivão modificou a mesma em proveito próprio?


E, indo mais além... uma igreja que proíbe o uso da camisinha, enquanto a áfrica negra morre de aids... e, os mais fanáticos ainda, dizem que só podemos nos guiar de acordo com o que se lê na bíblia. Pois bem. Então, para saber se posso atravessar a rua... terei de consultar a bíblia?


Na real encaro tudo isso como um atentado a inteligência, um atentado ao livre arbítrio... enfim.


Agora, se sou 100% cético? Não. Tenho um lado espiritual, sem dúvida... só não suporto mesmo é o catolicismo. Ainda creio em muitas coisas relacionadas a Deus, é claro. E, se me perguntassem até que ponto vai a ciência em verdade e a religião na mesma... eu não saberia dizer.


Um trecho muito interessante de Anjos e Demônios é quando o principal cientista citado no livro diz algo como, antigamente, atribuía-se fenômenos como a chuva, tempestades, neve a Deuses... e a ciência foi desmentindo cada um desses mitos, tecendo explicações exatas para cada um destes fenômenos naturais. Ou seja... até que ponto vai isso tudo? Será que a ciência vai comprovar que não existe, por exemplo, a reencarnação? Será que a ciência, um dia, explicará o sentido da vida? Impossível saber.


E é aí que entra a religiosidade novamente... repara-se que, em lugares mais carentes... a tendência é que a religiosidade das pessoas seja sempre maior. Creio que não é preconceito, de forma alguma, crer que, quanto maior a ignorância do ser, maior sua religiosidade. Pois claro: o ser humano sem instrução, seja de qual maneira for, é muito mais vulnerável, sempre. Isso é inegável. E, outro motivo, este bem plausível também... é que, diante dos males da vida... as pessoas buscam refúgio “nos braços de Deus”, e preferem se alienar, o que admito, surte um efeito muito bom nas mesmas. Antes alienadas do que amarguradas, ou enfim.


É isso.


Concordam ou eu merecia ser apedrejado em praça pública?

Crazy Diamond.

sábado, 5 de abril de 2008

O homem mais irritado do universo: Parte II







Já repararam que, muita coisa nesse mundo... é proibído não gostar? Você simplismente é obrigado a suportar algo que considera intragável, fingir que respeita... enfim.


Principalmente quando o que se odeia em questão tem relação a arte, ou... a música. Por exêmplo... é terminantemente proibído ao amante de classic rock detestar os Rolling Stones. É terminantemente proibído ao amante de jazz detestar Miles Davies. É terminantemente proibído ao amante de música erudita detestar Vivaldi.


E isso apenas para citar exêmplos mais obvios.


Eu, por exêmplo. Toda vez que discuto com alguem (especialmente quando esse alguem é um pseudo fã de música popular brasileira) o meu ponto de vista sobre a Cássia Eller... eu vejo aquele olhar assasino pra cima de mim.


Pois sim, eu DETESTO a música da Cássia Eller. DETESTO aquele jeito superior dela em cima dos palcos. DETESTO o timbre de voz dela, honestamente falando. Acho absolutamente deprimente, ok, ele trabalha como intérprete... mas nenhuma música, sequer? Isso sem contar, aquele lixo, chamado de "Segundo Sol", algo assim. Sem dúvida, entra no meu top-5 músicas que mais detesto na vida. Jamais ouvi em outra música arranjo tão pretencioso, melodia tão paupérrima, letra tão pretensiosa e papupérrima ao mesmo tempo... enfim.


Roupa Nova, idem. Até respeito a musicalidade dos caras, e tal, mas detesto. Pior que uma vez usaram um contra argumento, do tipo: "Eles influênciaram todo o rock nacional". Ha-ha. Rock nacional. Tá explicado então. Devemos todo o legado de... RPM, Kid Abelha, e sei lá mais quanto lixo ao roupa nova. Lembro que contra argumentei: "Por isso então que o rock nacional é esse lixo".


E detesto mais um bocado de coisas que é proibído detestar: Dan Brown (não o escritor em sí, lí todos os livros dele, acho alguns impressionantes, mas... são todos iguais! acho ele um escritor muito bom de suspense, porém limitado demais, enfim), Elis Regina, Fórmula 1, Pelé, Garrincha, Rock Alternativo, R.E.M. , Oasis, Smiths, The Cure, Cássia Eller, Roupa Nova, RPM, Kid Abelha, Tim Maia, Raul Seixas... enfim.


Ruim seria se fossemos todos iguais, e viva a diferença, e blá blá blá. Por tanto, com licença, senhor pseudo intelectual, pra não me envolver demais no assunto, gosto muito da Cássia Eller, do Tim Maia, do Raul Seixas... mortos. E que Deus os tenham.




Crazy Diamond.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

The work at the night...

Nosso dia, que começa... ao meio dia, aproximadamente. Não bem meio dia. Antes disto, nas últimas horas do período da manhã... aquele inferno nas ruas. Tu ouve, tonto de sono, buzinas escandalosas, cães latindo enlouquecidamente, campainhas a tocar, pessoas a reclamar... enfim, um caos. E quem consegue ter, aproximadamente, de quatro a seis horas de sono em meio a este caos? Pois é.


E tudo isso, pra recomeçar um dia cansativo, sempre cansativo... e não menosprezando os que trabalham num horário de gente, trabalhar na madruga... É FODA.


Tu se levanta da cama, tonto de sono, substitui o café da manhã pelo almoço, já pensa na dor de cabeça que será ter que ficar firme e forte até as cinco da matina... e vamo bora.


As horas se passam, chega o trabalho, chegam os problemas. Trabalho com áudio, com música. E antes, pensava que todo meu stress pós trabalho, era devido ao trabalho no horário inverso ao da humanidade... mas não. Descobri que o que realmente te estressa não é a carga horária trabalhista... mas sim, trabalhar com música, com FREQUÊNCIAS, mais necessariamente falando.


E tu é obrigado a aturar, o tempo todo... pessoas, sem o menor conhecimento de causa, criticando o seu trabalho. (algumas pérolas que já tive que aguentar: pô, põe um pouco mais de... AZUL na minha voz - é cor agora??? - ... pô, o retorno de pista ta muito alto... - retorno de pista??? - ... e por ai vai)


E isso, estende-se até as quatro da manhã, quando a dor de cabeça já é insuportável, quando o cansaço já vence o teu corpo, quando as pernas não mais obedecem... e ainda há uma caralhada de coisa pra tu mixar, masterizar posteriormente...


Humildemente, me retiro, as quatro e trinta da manhã... pra pegar o onibus. Este, infestado de pessoas... absolutamente odiosas, que falam alto, que são felizes, que estão saindo para o trabalho... e não fazem outra coisa se não comentar futebol, com grunhidos quase guturais, algo que identifico como sendo a dicção dos sujeitos, enfim...


E a indagação é inevitável: Porque? Porque... caralho que eu escolhi essa vida do cacete? Por amor a música e blá blá blá? Porque, na real... era para ser assim? Porque eu não consigo me desligar de tudo isso?


Porém... estranhamente, isso tudo me faz muito bem.


Absolutamente estranho, não?




Crazy Diamond

terça-feira, 1 de abril de 2008

Sobre a banda que mudou minha vida...



Rush, rush and more rush. Yep, minha banda favorita, a que mais me ajudou a formar o caráter, a principal razão por ter dedicado minha vida até aqui a música... enfim.


Tudo começou muito cedo. É preciso dizer que desde que me conheço por gente já sou rodeado por cds, posters e até um desenho na parede inteira do meu antigo quarto, esta desenhada a mão, que representava a capa do disco Roll The Bones.


Hoje me deu vontade de escrever sobre o Rush, hoje escreverei apenas sobre a enorme influência da música do rush na minha vida, e futuramente, posto aqui a biografia, algumas resenhas de alguns discos, algumas letras, enfim.


Tudo começou, num belo dia, meus irmãos, todos mais velhos, um deles em específico viciado em games.... pegou uma fita emprestada com uma música completa (tom sawyer) e um trecho de the camera eye, ambas do rush (do álbum "Moving Pictures")... e percebeu a incrível semelhança entre aquelas músicas e o game F-Zero.


Daí começou a saga atrás de discos, revistas, histórias... enfim, uma história de muito amor, devoção, adoração, emoção, treino dos ouvidos, intelectualidade, formação de caráter, diversos aprendizados... enfim.



E é isso, desde que me conheço por gente ouço rush. Até que num belo dia, no ano de 2002...


Meu irmão chega em casa, com lágrimas nos olhos, com a notícia da vinda do rush ao Brasil. E lá fomos nós. Todos nós. Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Vendo-os ao vivo, em estádios imensos e lotados (Olímpico, Morumbi e Maracanã) foi que o rush, definitivamente... entrava em minha alma, foi vendo o solo do MESTRE Neil Peart que resolvi ser baterista e músico... enfim.


A partir daí, absorvi cada sílaba escrita sobre o rush, ouvi cada música mais de cem vezes cada, cada disco trezentas vezes ao dia, engoli as letras e as vídeo-aulas do MESTRE Neil Peart... e foi daí que minha carreira na música começou.


Decidi ser baterista, já até toquei no "Rush Fest" homenageando meus mestres sagrados, e o que digo meus amigos... que o rush é para poucos. Acredito ser a banda mais completa e mais genial da história. Não consigo passar tempo demais sem ouvir, enfim... Rush, rush and more rush.