sábado, 24 de dezembro de 2011

Tempo

É você.

Você, sim, toda você, você toda, sem tirar, nem por, simplesmente... você.

E hoje, volto aqui, para, novamente, exteriorizar, da singela porém melhor maneira com que eu sei fazê-lo (escrevendo), aqui neste mesmo espaço, e parei para pensar. Sim, parei para pensar, olhei para a foto em que escolhi para sintetizar meu perfil aqui, em Fear of a Blank Planet e me dei conta que esta foto é de 5 anos atrás, e que fazem 5 anos em que exteriorizo meu sentimentos por aqui.

Há cinco anos atrás criei este espaço talvez em meus piores dias; O criei para aliviar minhas feridas emocionais. A arte é tão bela, viver é tão belo e único que tudo o que exteriorizei por aqui fora curado devido há tal terapia. Sim, me curei, as feridas cicatrizaram, a dor se foi, os maus momentos se foram. É claro que não tenho a pretensão que os maus momentos, novos maus momentos, não venham novamente; acredito que a vida é um eterno aprendizado e, para aprendermos... precisamos sangrar.

Mas, ainda assim, hoje reflito e me encontro um novo homem. Um homem melhor, mais feliz, mais realizado e, fundamentalmente, mais amado. Sim, mais amado. Sim, mais realizado, feliz e melhor, concomitantemente. Pois o período de trevas se passou, a tempestade se fora e eu vivo, tenho o privilégio de viver já há quase dois anos, o período da bonança. E vivo intensamente. Pois vivo o amor.

Meu amor, já há muito, você é tudo para mim. Desde que te olhei pela primeira vez, você virou tudo para mim. Tocá-la, simplesmente tocá-la, é, de fato, uma sensação única, maravilhosa e incomparável; pois sinto-me alcançando, abraçando, acarinhando e beijando o AMOR. Pois me arrepia, pois me revigora, pois me da forças para imaginar que tudo, absolutamente tudo o que desejamos... se tornará realidade.

Por todas as vezes que lhe vejo chorar, sorrir, por todas as vezes que você sente frio ou calor, por todas as vezes que você adormece em meus braços e eu simplesmente tiro seu óculos com carinho, por todas as vezes que acordo ao teu lado e penso a sorte inigualável que tenho ao teu lado, e por todas as vezes que você me acalma quando preciso, que você enxuga as minhas lágrimas quando as mesmas caem, que você se orgulha quando faço algo que eu acho extraordinário e você acha normal pois você me acha extraordinário, enfim... EU JURO, COM TODAS AS FORÇAS DO MEU CORAÇÃO, QUE EU TE AMO. E QUE PARA SEMPRE E POR TODA A MINHA VIDA EU VOU TE AMAR.

No final do ano, costumeiramente refletimos, vemos o que passou, fazemos o balanço do bom e do ruim, da continuidade e do descartável e, ademais, planejamos, pedimos, sonhamos com o novo; e a única certeza que tenho, após refletir desta maneira, é que o que me aconteceu de melhor na vida foi ter escolhido a ti para compartilhar ao meu lado e a maior esperança, o maior planejamento, o maior sonho que tenho para o futuro é simplesmente poder acordar, por todos os dias de minha vida e até ao final dos mesmos, ao teu lado. Do contrário... não existe mais nada. NADA.

Pois, acredite-me, você é TUDO para mim.


Justo e soberano, tempo, nobre tempo;
O mesmo que passou ao meu, passou para os demais;
E, ademais, nos separou por circunstância, por uma década ou um milênio;
Pois é década para o tempo humano e milênio para os que amam.

És ambíguo, és único, és incontrolável;
Pois quando amo e tenho a quem amo ao meu lado quero pará-lo; e, quando não tenho, acelerá-lo;
Pois, se quem tem fome tem pressa, a minha fome é de amar;
Pois o amor, ilustríssimo tempo, é o alimento da alma.

Mas, estimado, não se engane; o tempo passa mas nem tudo você leva;
A ternura dos que tem fé, a inocência dos que acreditam, o amor da mulher amada;
Se não o dominamos, preservamos a essência para o continuar, veja;
E jamais se esqueça que o tempo, sem amar, caro tempo, não é nada.

Há o que não muda, há o mutável;
há o que imaginamos, há o inimaginável;
há o que acontece em nossa mente e o que acalma os nossos corações;
e só porque aconteceu em nossa mente quer dizer que não é real?

E por quanto minha mente, inconstante e aquietada mente, não esperou pela mulher de minha vida e amada, caro amigo tempo?
E o Sr., ilustríssimo, não atendera meu pedido.
Trouxe-me, à guisa de meu pedido, um anjo da guarda; a companheira não só desta mais de todas as vidas que eu tiver, daqui para frente; este, caríssimo, é meu novo pedido. Pois não houvera nem jamais haverá, amado tempo, presente maior do que a encomenda como este; Delfino, Cristina, Agata.
E antes que meu tempo venha acabar, nobre e estimado tempo...
O que nos custa sonhar?

Pois sonhar... é o alimento da vida.
E quem disse que os sonhos não se tornam realidade?

Nenhum comentário: